15 abril 2013

Bruno Mars:” Tocar ao vivo é a coisa para que eu vivo.”


O cantor americano, que se apresentou em Dubai na sexta-feira (12 de abril), disse que os hits de “Unorthodox Jukebox” foram escritos pensando em seus shows ao vivo.

Com o lançamento de seu novo álbum, “Unorthodox Jukebox,” no ano passado, Bruno Mars marcou sua ascensão nas fileiras dos astros pop. Ele recrutou um time dos sonhos com produtores que inclui Mark Ronson, Jeff Bhasker, e Paul Epworth, Mars criou uma mistura única de acordes que lembram os melhores trabalhos do The Police e Daft Punk. Mas é muito mais do que isso. Não apenas fez o Filipino-Americano dizer que “Unorthodox Jukebox” representa o tipo de trabalho que o talentoso cantor/compositor/produtor sente que ele estava destinado a transmitir, mas o mais empolgante para aqueles que poderam vê-lo ao vivo em Dubai na sexta-feira, ele disse que suas músicas são escritas pensando nos shows ao vivo.
“Eu queria ter o luxo de experimentar e me impulsionar liricamente e sonoramente”, disse o cantor de 27 anos, que teve 11 singles top dez em sua carreira. Um performer frenético, Mars credita os quase dois anos de turnê para ajudá-lo a definir seu estilo e inspirá-lo a escrever uma variedade de músicas que refletem suas profundas raízes musicais. Agora, ele vai mostrar sua presença de palco no Media City Amphitheatre, com show de abertura da cantora Britânica Paloma Faith.
Nascido Peter Gene Hernandez em Honolulu, Havaí, Mars praticamente cresceu em cima do palco, cantando com seu pai Pete e sua família de jovens artistas. O nome “Bruno” resultou do amor de seu pai por uma famoso lutador dos anos 60, Bruno San Martino, e o apelido ficou.
Mars começou a aprender sobre diferentes estilos musicais desde cedo e esse foi seu caminho para se tornar um produtor, quando ele começou a pegar todos os instrumentos que ele pudesse encontrar.”Eu sempre tive instrumentos de percussão, um piano, uma guitarra… E nunca treinei para tocar. Estava sempre lá. Assim que eu aprendi, apenas estando cercados por eles toda a minha vida.”

Ele tinha apenas 4 anos de idade, quando passou a fazer parte do show de sua família havaiana e começou a fazer imitações de Elvis, que logo fez dele uma das atrações principais. E quando ele tinha dez anos, Bruno começou a fazer uma representação de Michael Jackson quase perfeita, algo que ele usou em sua recente aparição no Saturday Night Live na TV americana, em novembro.
Agora turnê de apoio a “Jukebox Unorthodox”, ele teve o cuidado especial que os refinamentos e a elaborada mistura musical tal como no estúdio possa ser reproduzida em seu show ao vivo, que ele considera como sua verdadeira vocação como músico.
A entrevista:

Q: Bruno, qual foi sua inspiração para seu novo álbum?

MARS: Ser tão criativo quando eu queria. Eu queria misturar as coisas e não ficar preso em um gênero ou ficar em uma faixa. Eu queria fazer R&B, rock, soul, musicas românticas, seja o que for. Eu não acho que como artista você precisa se ​​reter a apenas uma coisa. Neste álbum, eu fui capaz de me expressar exatamente do jeito que eu queria. Eu não sabia o que o público ia pensar, mas se você não correr riscos, você não vai evoluir.
Q: Esta também foi uma reação à sua declarada insatisfação com seu primeiro álbum, Doo-Wops & Hooligans?
MARS: Eu não tinha o tipo de controle criativo sobre o álbum da maneira que eu gostaria. Eu fui forçado a fazer algumas alterações que realmente me enojou e me deixou com uma sensação ruim.
Jurei a mim mesmo que, no próximo álbum tudo iria mudar e que eu estaria no controle. Eu sou um produtor, então eu sei que elementos que você tem que colocar no lugar para fazer um bom trabalho. Então eu trouxe a minha equipe dos sonhos para me ajudar. Mas se este álbum falhar, a falha é minha, porque eu estava no comando.
Q: É verdade que você se sentiu pressionado a lançar seu primeiro álbum rapidamente?
MARS: Eu entendo porque a gravadora queria lançar o primeiro álbum o mais rápido possível. Eles queriam aproveitar o sucesso de “Nothing on You” e “Billionaire”, que eram uma espécie de singles de sucesso inesperado. Isso significava ir para o estúdio e não ser capaz de experimentar as coisas e fazer do jeito que eu gostaria.
Até certo ponto, eu estava ainda sob a influência de ter passado anos trabalhando como produtor e criando músicas pop radiofônicas para outras pessoas. Mas agora está tudo bem.
Q: O seu desejo de refletir diferentes estilos musicais – É o resultado de ser um observador muito atento da história da música?
MARS: Eu acho que sim. Desde criança eu provavelmente quebrei o tocador do meu pai várias vezes escutando a toda sua coleção de vinil. Eu já toquei em bandas onde faziam covers de Nirvana, Elvis, Rage Against the Machine e artistas do blues. Eu tive uma educação musical tão completa que se poderia querer. Esse é o tipo de coisa que esclarece tudo o que você faz. Eu gosto de pensar que isso me ajuda a ficar no topo.
Q: Será que o sua experiência como produtor o ajudou a alcançar os resultados que você alcançou?
MARS: Isso ajuda a entender a mecânica e tecnologia de processo. Eu entendo muito sobre as mudanças de acordes e efeitos sonoros como ninguém e eu sei os tipos de coisas que você pode fazer com a música para criar um som muito particular e notável.
Eu sei como dividir uma música em seus diferentes componentes e apreciar este e aquele aspecto que me faz apreciar isso. Eu gosto de ser capaz de continuar a me impulsionar de forma criativa e desenvolver um material muito original. Esse é o pontapé que recebo de tudo isso.
Q: Como você descreveria “Unorthodox Jukebox?”
MARS: (Risadas) Eu queria algumas das músicas tivessem sensação um pouco diabólicas nelas. Um pouco perigoso, muito sexy, o que você sente quando você vê artistas subir no palco e triturar a sua guitarra ou agarrar sua virilha da forma como Michael Jackson faria. Eu não queria segurar.

Q: O mundo parece estar indo no seu caminho nestes dias…?
MARS: É um pouco assustador estar nesta posição e sei que a música está encontrando um grande público e que eu não tento agradar a qualquer tendência em particular. Esse é o melhor tipo de resultado que você pode esperar. Muita gente pode pensar que meu sucesso veio do dia pra noite, mas ele me levou um longo tempo antes de até mesmo alguém me deixar ir ao seu escritório para ouvir algumas faixas. Minha cabeça estava explodindo com idéias. Eu não podia esperar para mostrar ao mundo o que eu era capaz. Assim, para ser capaz de finalmente ter pessoas ouvindo a sua música e sair em turnê e fazer essa conexão com o público gritando na frente de você é a melhor sensação do mundo.

Q: Apresentar o Saturday Night Live e fazer selvagens impressões musicais deve ter sido uma experiência e tanto para você?
MARS: Oh, eu estava nervoso sobre isso. (Risos) Mas eu amei fazer isso e foi a coisa mais divertida que fiz em um logo tempo.
Q: “Gorilla” é uma das suas grandes faixas. Você até colocou um Gorilla na capa do seu (“Unorthodox Jukebox”) álbum?
MARS: Eu queria que “Gorilla” fosse um tipo de música que deixasse as pessoas chocadas. Foi a primeira música que eu escrevi para o álbum e que definiu como eu quero parecer no palco e sentir quando eu começar a turnê para o álbum.
Q: Então você estava muito consciente em tocar essas músicas ao vivo, enquanto você estava escrevendo e concebendo o álbum?
MARS: Sim. Depois de ter passado muito tempo em turnê nos últimos anos eu tinha uma ideia muito mais clara de que as coisas funcionam melhor no palco. No fundo, eu sou um performer. Tocar ao vivo com minha banda é a coisa para que eu vivo. Eu quero ser capaz de realmente para isso no palco e foi isso que estava na minha cabeça quando eu tive as idéias para as músicas.
Q: Você se preocupa com alguns dos críticos que acusaram você de ser excessivamente comercial com algumas de suas músicas passadas?
MARS: (Risos) Veja, eu amo grandes canções pop com grandes refrões e letras cativantes.Você quer lembrar o ritmo ter a melodia correndo em sua cabeça. Eu não estou interessado em promover o rádio ou fazer músicas auto-indulgentes. Eu não estou escrevendo música para impressionar as garotas. Eu não vou deixar qualquer um se infiltrar no meu processo criativo. Eu quero vir com grandes canções que as pessoas vão se lembrar cinco, dez ou 20 anos a partir de agora.
Q: Fracassar na Motown Records, quando você tinha 18 anos, foi um duro golpe para você apenas absorver quando você pensou que estava recebendo um não?
MARS: Foi provavelmente a melhor coisa que já me aconteceu, no que diz respeito a realidade e entender o que é realmente necessário para entrar neste negócio. Eu era tão jovem no momento que, aos 18 anos, eu provavelmente pensei que assinar com a Motown fosse para mim. Mas você não sabe o que diabos você está fazendo aos 18 anos. E quando eu fracassei, foi quando eu pensei: “Vou fazer tudo sozinho – eu vou escrever minha própria música e produzi-la” Eu estava muito frustrado lá de qualquer maneira, porque eu estava em estúdios de gravação com os produtores, tentando explicar-lhes como eu queria que essas músicas soassem. E como você pode explicar algo que você ainda não fez?
Q: Qual foi a melhor parte do sucesso?
MARS: Eu sempre quis comprar uma casa minha mãe e essa foi a primeira coisa que eu fiz com meu primeiro grande cheque. Esse foi o momento mais bonito sempre. Eu comprei para a minha mãe uma bela casa no Havaí e isso foi antes de eu comprar qualquer coisa para mim. Eu tinha que cuidar da minha mãe. Foi um momento emocionante. Ainda me lembro quando eu me mudei para Los Angeles (quando ele tinha 17 anos) e eu estava lutando, especialmente após eu sair da Motown, e ela estava sempre me ajudando com dinheiro, embora ela não tivesse muito e você nunca se esqueçe disso.
Q: Quais são as suas lembranças de performar quando você era criança e ficar em cima do palco com o seu pai, e sua família atuando?
MARS: (Risos) Isso foi tão incrivél. Eu tinha 5 anos e meu pai tinha esse show em Waikiki e no meio ele ia me pegar para colocar no palco e gostava de fazer as minhas coisas. As pessoas amavam tanto que ele me fez uma atração fixa do show. Cantar e performar tem sido a minha vida inteira.
Q: Você tem estado mais ocupado do nunca nos últimos anos. E as mulheres em sua vida?
MARS: Porque você trabalha tanto e você está constantemente na estrada, trabalhando em músicas, vídeo clipes, em seguida, vai para o estúdio, é pedir muito para qualquer mulher. Essa é a parte mais difícil de ter uma relação estável.
Q: Então, como é a sensação de estar onde você está agora?
MARS: (Risos) Como você se sente? Isso me lembra de Hendrix! (Risos) A melhor coisa é começar a fazer o que estou fazendo. Você sonha com isso a vida toda e então você consegue a sua chance de fazer. Isso é tudo o que me interessa.
Tradução e adaptação: Loversbrunomars.com.br

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